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A Cultura Nordestina em São Paulo: A Jornada de Enoc Santana e Luiz Gonzaga

Representantes autênticos da rica cultura nordestina, a dupla de repentistas Enoc Santana e Luiz Gonzaga, há mais de 40 anos, vem deixando sua marca indelével nos corações dos paulistanos. Erradicados em São Paulo desde 1979, esses virtuosos da improvisação trazem consigo as tradições das cantorias de pé de parede, um estilo peculiar que encanta e cativa a todos que têm o prazer de testemunhar sua arte. Suas performances são como uma viagem pelas paisagens e histórias do Nordeste, envolvendo o público em uma experiência única e emocionante. Em cada verso entoado, eles resgatam memórias ancestrais, celebram a identidade cultural e enriquecem o tecido social de São Paulo com a riqueza da sua herança nordestina.
Natural de São João do Rio do Peixe, na ensolarada Paraíba, Enoc Santana é o filho orgulhoso dessa terra de poetas e músicos. Desde jovem, foi seduzido pelas rimas e melodias do repente, começando sua jornada nesse universo mágico, com mais de quatro décadas de experiência nos palcos e nas ruas de São Paulo, Santana é um dos nomes mais respeitados quando se trata de exaltar a cultura nordestina na metrópole. Ele iniciou sua trajetória musical aos 20 anos, enquanto seguia sua formação em Direito, tornando-se um advogado conceituado que, mesmo assim, nunca abandonou sua paixão pela cultura nordestina do repente e da poesia. Junto com seu parceiro de cantoria, Luiz Gonzaga, ele encanta não apenas os paulistanos, mas também todo o Brasil, com suas apresentações em diversos locais, incluindo teatros, levando a essência e a beleza do Nordeste por onde passam, com destaque para a cidade de Guarulhos, onde têm uma presença marcante e admirada.

Ao seu lado, está Luiz Gonzaga, cujo nome é uma homenagem ao lendário “Rei do Baião”, o inesquecível Gonzagão. Nascido na cidade de Monteiro, também na Paraíba, Gonzaga traz em seu repertório não apenas a influência do mestre Luiz Gonzaga, mas também sua própria vivência e paixão pela tradição nordestina. Desde os primeiros acordes da sanfona, Gonzaga respira o ar dos sertões e as melodias das feiras nordestinas. Com 45 anos de residência em São Caetano, ele se tornou mais do que um músico para a comunidade nordestina que floresceu em solo paulistano; ele é um dos pilares, um símbolo vivo da resistência cultural e da identidade do povo nordestino em meio à selva de concreto. Sua presença nos palcos e nas ruas de São Paulo é uma celebração da riqueza e da diversidade do Nordeste, um lembrete constante de que as tradições não se perdem, apenas se transformam e se reinventam em novos cenários e contextos. E é com essa dedicação e amor à sua cultura que Gonzaga continua a encantar e inspirar aqueles que têm o privilégio de ouvir sua música e testemunhar sua arte.

O que diferencia Santana e Gonzaga vai além de suas habilidades individuais; é a capacidade incomparável da dupla de transformar qualquer lugar em um palco para suas cantorias. Seja em praças públicas, bares movimentados, residências acolhedoras, igrejas, escolas ou em eventos culturais patrocinados pelo poder público ou não, esses artistas incansáveis sempre encontram um espaço para compartilhar sua arte e espalhar a magia do repente. Nas cantorias de pé de parede, como são conhecidas suas performances, a atmosfera se torna verdadeiramente mágica. Sentados diante de uma parede, violas afinadas e sorrisos nos rostos, os dois poetas mergulham em um duelo de versos, rimas e estrofes. Nesse ritual encantador, eles improvisam e cantam ao mesmo tempo, em uma harmonia única que transcende não apenas as gerações, mas também as fronteiras geográficas e culturais. Cada palavra entoada é um elo entre o passado e o presente, entre o Nordeste e São Paulo, entre a tradição e a inovação, deixando uma marca nos corações e nas mentes daqueles que têm o privilégio de testemunhar sua arte.

Assim, Enoc Santana e Luiz Gonzaga seguem sua missão de preservar e difundir a riqueza da cultura nordestina em São Paulo. Para eles, cada verso entoado é um tributo à terra que os viu nascer, um testemunho vivo da força e da beleza do povo nordestino, que continua a florescer mesmo longe de suas raízes. E assim, através de sua arte, eles tecem os fios que conectam o Nordeste ao coração pulsante da maior cidade do Brasil.